I was walking around

Querido Diário,

É… Há quanto tempo não nos falamos? Em minha defesa (não tenho Chapolim pra isso), o Brasil piorou, a festa acabou, o povo sumiu e José, desculpa, mas José se fudeu. Nós Josés. O resto tá tudo esperando o Carnaval.

Muito mudou. Eu até listaria, mas não quero ser entediante. Aliás, vou contar só umazinha, pra não dizer que vim aqui à toa. Outro dia aconteceu uma conversa no WhatsApp, que achei bem significativa, apesar de entediante (você vai ver, não tem como fugir). Puxei assunto com alguém que tenho pouco hábito de falar. Não porque eu seja simpática, mas somos, à medida do possível, próximos. A pessoa estava ocupada. Ora veja, aprenda com a tia aqui: ocupado todo mundo tá (menos o presidente), mas se ele não diz algo próximo a “já falo com você” ou “Se eu demorar, não sai daí, não…”, é porque ele estará ocupado pra sempre. Quando for assim, lembre da nossa amiga eletrônica do banco, que sempre nos diz: “Ok, entendi”. Parô ali, gata. Ocupado? “Ok, entendi”. Mas…Fiz uma piadinha (sou dessas) para sair de fininho, até pra ser educadinha… e ele, muito simpático e solicito, me mandou um áudio sorridente-entre-aspas perguntando SE. Eu. Estava. Entediada. (pausa dramática) Ora, ora, ora. Imagino meu humor de privada, que provoco esse tipo de reação de merda.

Às vezes a gente cria frases que a gente acha que as pessoas poderiam falar pra gente, como que eu fiz ali em cima. Mas, muitas vezes já me peguei em situações que escolhi com cuidado cada palavra, usando o tom mais suave possível, e se sentiram agredidas. Acontece. Mas, tem coisa que não é de bom tom, né, mermo?

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